Carta aberta aos estudantes da FLUP,
Serve a presente para dar o nosso parecer pessoal sobre a decisão tomada pela comissão eleitoral de excluir a lista L como candidata à Direcção da AEFLUP, pelo seguinte motivo:
Existência na lista L de candidatos que não são estudantes da Faculdade de Letras da U.Porto.
Em relação a este assunto, gostaria de, a título informativo, dizer em primeiro lugar que um dos candidatos referenciados, embora não tendo a matrícula efectuada na Faculdade de Letras, frequenta um mestrado com aulas quer na FEUP quer na FLUP, o que por si só nos levou a um lapso de incumprimento, visto que, perante esta situação, nem sequer nos ocorreu que esse aluno não estivesse matriculado na nossa “mui nobre” instituição. Isto aconteceu porque o fim a que se destina a frequência do seu curso, é um mestrado a que cujo diploma tem que ser dado pela FLUP. Aqui, apenas pecamos por ter havido um pequeno lapso de não nos ocorrer que a inscrição é feita na FEUP e não FLUP e acrescendo de o aluno ser estudante bolseiro e nem ter pago as propinas deste seu novo ciclo de estudos
Em relação aos estudantes Gustavo Moreira e Pedro Martins, penso que já não há quaisquer dúvidas, pois já temos os respectivos certificados de matrícula.
Em síntese, todos estes casos, com bom senso democrático e de livre exposição de ideias, poderiam ser resolvidos, se a intenção se limitasse a uma completa exposição de argumentos eleitorais, programáticos e a uma livre e consequente luta de ideias para a defesa dos interesses da comunidade estudantil.
Gostaria ainda de acrescentar que só fomos surpreendidos por estes lapsos de inscrição em avançado percurso eleitoral (no tempo), e que não nos parece, sendo a lista L validada anteriormente em comissão eleitoral, que agora a solução encontrada para estes simples, embora negligentes lapsos de formação da lista, seja uma atitude radical de exclusão de apresentação do seu programa, das suas ideias para a defesa dos estudantes da nossa
Os nossos estatutos não apresentam efectivamente a possibilidade de correcções no decurso ou no meio da campanha eleitoral. O que propusemos à comissão eleitoral e a todas as outras listas, para defender o processo democrático e a apresentação livre das ideias, foi fazer a correcção necessária na lista L em relação aos membros cuja razão pode assistir à comissão eleitoral.
O caminho que foi pretendido pelas outras listas da eliminação pura e simples da candidatura da lista L à direcção, da apresentação às urnas do seu programa, visa, por si só, excluir antidemocraticamente uma base substancial do pensamento e da dignidade de todos os membros que incorporam a lista L.
Queremos chamar à atenção de todos os alunos para que assinem o nosso abaixo-assinado, a fim de tentar repor os mais nobres valores da ética democrática que não permite ao longo dos anos, a esta parte, excluir ninguém pela simples vontade de outros.
Sugerimos que os elementos que, de forma fundada, não têm inscrição regularizada na nossa instituição sejam eliminados da lista, de forma a não conter quaisquer equívocos estatutários.
Estamos a tempo de corrigir! Estamos a tempos de defender os estudantes pela sua representatividade, estamos a tempo de não querer uma Associação de Estudantes em que a sua legitimidade democrática seja posta em causa.
Estimados colegas, terminamos afirmando que estamos a tempo de defender a democracia.